sexta-feira, 30 de maio de 2008

Escada




Ei-la forte,ereta,parecia desafiá-la. A velha deu um suspiro. Sabia que tinha que enfrentá-la novamente. A velha necessitava fazer o almoço, seu velho contava com ela(pobrezinho, tão fraquinho) e outro suspiro.

Deu um passo. Agarrou com toda a força o corrimão,e apoiou-se na parede,resolveu descer de lado. Desceu um pé, este parecia afundar sem chegar a lugar nenhum , mas enfim chegou. Com dificuldade ela levou o outro pé nas direção do primeiro, nada aconteceu, ela se sentiu confiante .

Repetiu a operação dezenas de vezes. Estava exausta mas, oh! Ainda faltavam mais dezenas de degraus! Lembrou-se do neto que vinha sempre correndo e pulando nessa assombração,talvez fosse para amedrontá-la.

Desceu mais dois degraus lembrou-se que ela deu a idéia do segundo andar; ela era culpada de sua própria desgraça,por colocarem aquilo em seu caminho! Um aperto de raiva e dor afligiu- lhe o coração,mas para espantar maus pensamentos pensou: ”podiam ter posto uma rampa”, mas logo retirou o que disse. E se ela caísse de uma rampa, sairia rolando o que seria vergonhoso e doloroso.

Suas costas estavam latejando, o suor escorria de seu rosto, estava a ponto de desistir quando por Deus o suplício acabou! Ela respirou aliviada. Pegou seu lenço e...Onde ele estava? Quase desmaiando a velha percebeu que na pressa de descer esquecera seu lenço na prateleira. E assim o suplício teve que recomeçar...


O texto acima é de autoria de Alice Maria de Figueiredo Souza.

Ela tem 12 anos e o escreveu por ocasião da doença de seu avô, que mesmo movendo-se com dificuldade e dor, nunca deixou de andar.

Crédito de imagem: Olev Andreev

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Festa no parque




A vida é um grande parque de diversões, e a escolha dos brinquedos em que queremos andar é que determina as experiências que teremos ao longo dela.

Andar de carrossel é seguro. Mas também tão tedioso!! Vira-se e vira-se, sempre no mesmo lugar.

Roda gigante já é pouco mais atrevido. Supõe altos e baixos. Ainda assim, se pensarmos bem, é uma forma meio confortável de se passar pela vida.Subimos e descemos quase que de forma passiva, bem seguros na nossa cadeira.

Tem também a montanha russa. Ah! Essa é sensacional!! Serve bem para aquelas situações em que nem bem entramos e já nos perguntamos onde diabos estávamos com a cabeça. Subimos, descemos, nos assustamos. O coração vem na garganta, quase morremos de medo e, nem bem saímos dela, já estamos considerando andar outra vez.

E o que dizer do Túnel do Amor? A rigor deveria ser uma chatice. Mas como nunca embarcamos sozinhos no carrinho, o passeio todo se torna um verdadeiro acontecimento.

Trem Fantasma. Assustador? Nem sempre. Depende muito de estarmos ou não esperando pelo “monstro”. Sem dúvida a escuridão estimula a que nos assustemos mais em algumas passagens, principalmente quando não vemos de imediato a saída. É o tipo de brinquedo em que raramente queremos entrar, mas em que todo mundo já andou um dia.

Faço hoje quarenta e nove anos. O meu parque de diversões está em festa.

Já passei por todos os brinquedos vezes sem conta. Em alguns deles diverti-me a valer; em outros, questionei seriamente minha própria sanidade. Em todas as vezes, no entanto, mergulhei profundamente no momento que estava vivendo.

Hoje é dia de comprar novos ingressos.

Vou percorrer todas as bilheterias e preparar-me para brincar intensamente.

Vou viver... e ser feliz!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pérolas do João

O João, que não é o meu neto, mas o filho do meu sobrinho, vai fazer três anos.

- Filho, o que você quer ganhar de presente de aniversário?

- Uma roupa de princesa.

Silêncio pensativo.

- Isso é coisa de mulherzinha, filho.

Longa pausa.

- Mas viu, filho.. o que você quer ganhar mesmo de presente de aniversário?

- Uma roupa de princesa, pai.

- Ah, é? Então tá. Vou jogar fora todas as suas roupas do Mac Queen.

- Mas compra antes a roupa de princesa que eu não quero ficar pelado.

terça-feira, 27 de maio de 2008

EmpoÇada




É interessante como um mesmo acontecimento pode, em fases distintas da vida, ser visto sob diferentes perspectivas.

Eu tinha dois anos de idade quando junto com um primo “pulava carnaval” sobre um velho poço desativado. A tampa de madeira, desgastada pela idade, cedeu, e eu mergulhei, sem aviso ou salva-vidas, num buraco de doze metros, com seis metros de água.

Minha avó, por um daqueles caprichos divinos, olhou pela janela no exato momento em que eu afundava. Pode, assim, impedir meu primo de se jogar atrás de mim ( se eu fui, ele também tinha que ir, não é ? ) e alertar meu avô para que pedisse ajuda.

Enquanto meu avô rodava o bairro em busca de auxílio , a vizinhança toda reuniu-se em torno do poço, onde minha mãe tentava, ao mesmo tempo, manter a calma e orientar-me para evitar que eu afundasse de vez.

Muitas lágrimas e promessas depois chegou meu avô com um poceiro, e eu fui retirada de lá, ilesa.

No dia seguinte eu, acompanhada de um séqüito de familiares e vizinhas , fui conduzida a Igreja da Penha, para pagar as inúmeras promessas que tinham sido feitas. Ao me ver ajoelhada rezando em frente ao altar ( pasmem: eu rezava com essa idade), com um sem número de pessoas chorando a minha volta, o padre da paróquia veio saber do que se tratava.

Virei celebridade! Naquele tempo ainda não havia televisão, de forma que o “meu “ milagre só foi noticiado nas rádios de São Paulo.

Durante anos da minha vida fui “aquela que caiu no poço”.

Esta história era, para mim, como aquelas que lia em La Fontaine, Monteiro Lobato e tantos outros autores que povoaram minha infância.

Anos depois, por razões que nem eu mesma sei explicar, tornou-se um fardo.

Lutei contra a sensação meio aterrorizante de submergir em momentos inesperados durante boa parte da minha vida. Gastei horas e uma pequena fortuna em análise para ver-me livre dela.

Dias atrás, conversando com um amigo, contei a história e ele ,mais do que prontamente, colocou:

- Você foi empoÇada!!!!!

Rimos demais.

Então me dei conta de que, em algum momento, eu saira nadando. Deixara para trás o poço escuro e, mais do que isso, tornara-me de fato uma sobrevivente.

Hoje sei, mais do que nunca, a força que tenho.

Fui, como disse meu amigo, empoÇada pela vida.

Causos da minha infância II




Meu avô sempre dizia que para lidar com roça é preciso prestar atenção em muita coisa. Não é só chuva ou praga. As vezes tem olho gordo, as vezes tem bicho maldito. Bicho maldito, segundo ele, é igual a tatu. Tatu é coisa do diabo. Quando começava a rondar a roça, secava toda a plantação. A única solução era matar o bicho, mas difícil mesmo era pegar. Tinha que ser de noite, quando o bicho saia, e tinha que ter no mínimo quatro homens de coragem, porque fazer o cerco é que era complicado. Se deixasse o bicho entrar no buraco não pegava mais. O buraco chegava até no inferno.

Uma vez apareceu um tatu lá na roça do compadre Antonio. A roça começou a praguejar e secar. Como as roças faziam divisa, acharam melhor que fossem todos juntos matar o bicho, senão ia queimar a plantação de todo mundo.

Uma noite combinaram e foram, todos com lampião, facão e terço. Sentaram no meio da roça para esperar, e quietos para o bicho não perceber. De repente, começaram a ouvir o tal. Foram levantando bem devagar, escutando para ver para que lado o maldito estava andando.

Eis que surge o tatu. Era ENORME !!!

Quando o viram, saíram na maior correria atrás dele. Era o bicho correndo na frente e eles correndo atrás. Ele, então, deu um pulo e entrou num buraco que tinha no barranco. Todo mundo parou, desconsolado. Até que um dos compadres, dizendo que aquilo não podia ficar daquele jeito, resolveu que eles tinham que ir cavando até achar o tatu... nem que chegassem na beira do caldeirão.

Começaram a cavar com as mãos mesmo. Das unhas ia saindo sangue, mas o importante era salvar a roça de todo mundo. Foram cavando, cavando, até que chegou no fim do buraco. Nada! o tatu tinha sumido.Ficaram um olhando para a cara do outro, abobalhados. Se puseram então a caminho de casa, rezando desconsolados.

De repente, quem cruza sossegado o caminho ? O tatu!!!

Quando o bicho passou andando, eles saíram desembestados atrás dele. Só que o tatu foi em outra direção, não mais para o buraco anterior. Estavam todos correndo atrás quando um deles, vendo um outro buraco no barranco,gritou:

- Ele vai para o buraco de novo.

Meu avô não teve dúvidas. Deu um pulo enorme. Se atirou no ar em direção do tatu e grudou-o pelo rabo, quando já estava entrando no buraco. Grudou sem largar. O tatu, sem poder fugir, virou para trás e olhando-os com os olhos mais feios que se possa imaginar, virou para eles e disse:


- Vamos parar com essa brincadeira aí atrás????


sábado, 24 de maio de 2008

Pronto, vó!!!


Minha irmã, depois que desistiu de plantar roupinhas, tornou-se uma mulher incrível e uma avó de primeira classe.

Um dia desses, depois de ter trabalhado até as quatro da manhã, estava ela ( ou o que sobrou dela) em plena atividade “avoristica”, pelejando, as sete da madrugada, com um neto de três anos ligado no 220.

Exausta, mas ainda tentando bravamente dar conta da situação, sugeriu a ele que assistisse televisão. Procurou o canal favorito e, colocando um colchão no chão ao lado dele, disse:

- Fica quietinho aqui. A vovó fica com você, enquanto assiste, e aproveita para dormir um pouquinho, ta?

Como não houve reclamação, ela deitou-se, e deixando ligado o radar que se usa quando se está dormindo, cochilou.

Não demorou nada e ela ouviu:

- Vó, quero bolacha!

Estoicamente ela se dirigiu a cozinha e fez vários e vários sanduichinhos de bolacha, do jeito que ele tanto gosta. Voltou, colocou o prato em frente a ele e deitou-se novamente, pensando: Descanso, enfim!

Mal tinha passado para o sono e a voz novamente a interrompe:

- Pronto, vó!

E ela:

- Come, filho!


Silêncio. E novamente a voz:

- Não quero, vó!

Passado algum tempo ela ouve novamente:

- Pronto, vó!

E ela insiste:

- Come, filho!!
Passado algum tempo nesse jogo ela abre os olhos e se dá conta que ele não está mais ali.

Seguindo a voz que continua a repetir, sem cessar, o tal do pronto, ela chega ao banheiro, e gargalhando, fita uma criança com carinha desconsolada que olha para ela e diz:

- Não gosto de comer cocô, vó Laura!



sexta-feira, 23 de maio de 2008

Partículas elementares





Uma palavra desencadeante,
Um toque instigante,
Um beijo,
Um olhar.


O corpo que se curva
E busca, tateante,
O calor,
O gosto,
O perder-se em.


Alucinada sensação
Que me ocupa por inteiro,
Que me faz tremer,
Gemer, arfar.


E que após lançar-me numa espiral, desgovernada,
Traz-me de volta,
Plena.
Saciada.
Mulher!


Postado por : Lucia Vianna

Crédito de imagem: Georg Suturin

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Amigos




Amigos são pedaços de nós mesmos que reencontramos ao longo da vida.

A cada esquina dobrada, a cada palavra trocada, eles se tornam presentes e vão gradativamente aumentando o espaço que ocupam dentro de nós.

Amigos são qualidade, não quantidade.

É melhor tê-los em número reduzido, mas plenos de carinho, compreensão e amor, do que precisar de três agendas para anotar um número vazio de nomes sem significados.

Amigos surgem não se sabe bem de onde.

Temos aqueles que estiveram conosco a vida toda, aqueles que acabamos de conhecer e , ainda, aqueles que nem sequer conhecemos pessoalmente, ou nem sabemos que rosto tem, mas sabemos da sua importância pela constância, pelo humor, pelo apoio.

Não é amigo aquele que não te faz rir, que não se sente a vontade para rir de você, que não tem paciência para ouvir suas mazelas. Aquele que não sabe dividir o silêncio, dançar a mesma música , rir das mesmas piadas, dividir o café , o chocolate ou as opiniões.

Não importa a grife. Podem ser Doras, Patis, Therezas ou outro modelo qualquer.

São igualmente belos e únicos. Valiosos e inigualáveis.

Insubstituíveis.

Lindos.

Amigos!!


Crédito de imagem: Basil G.


Alguém me disse, ao ler o texto, que o tema já havia sido tão explorado que tinha se tornado lugar comum. Concordo totalmente. Muito já se falou sobre amizade e amigos. No entanto, eu nada disse sobre os meus amigos, ou sobre minha forma de vivenciar a amizade. O meu texto se propõe somente a isso: dizer de mim e daqueles que fazem a diferença na minha vida.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pequena verdade




Amar é verbo intransitivo.

Não permite preposição,

Imposição,

Traição,

Ou falta de atenção.


Lucia Vianna
Crédito de imagem: Alexandr Zakoldaev

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mudanças do tempo

Nada nos dá mais perspectiva de nós mesmos do que uma tempestade.

Num primeiro momento olhamos estarrecidos as nuvens negras que nos engolem, que não nos deixam respirar. Tudo ao nosso redor se mostra ameaçador, desafiador e contribui para nos deixar impotentes.

Os ventos que sopram furiosos fazem-nos sentir tal qual marionetes sendo jogados de um lado para outro, sem vontade própria, à mercê de uma força invisível que suplanta qualquer capacidade de raciocínio.

É impossível pensar coerentemente durante uma tempestade.

Só é possível sentir, desejar que tudo passe e que a normalidade volte a habitar os espaços circundantes. Enquanto isso não acontece, o olhar atordoado segue o vento implacável que tudo devasta, as raízes expostas do que já foi um dia uma árvore majestosa.

E então, assim como chegou, a tempestade se vai.

De repente você olha e ela não está mais lá. Estupefato se dá conta de que tão rapidamente quanto chegou ela se foi, e que as raízes expostas já buscam um novo lugar, na terra revolta, para se fixar.

Característica fascinante tem o tempo. Se do céu cai apenas uma chuvinha fina, esta coisa boba e sem graça é capaz de ficar encharcando vagarosamente a terra por um tempo sem fim, transformando a terra fértil num lamaçal improdutivo. Já uma insandecida tempestade vem , toma tudo de roldão e, com a mesma intensidade com que se instalou, desaparece.

E a vida segue...

E nos vemos prontos a chover e a brotar novamente.

Causos da minha infância

Meu avô paterno era cheio de causos para contar.

Criado num sítio do interior de São Paulo, realidade e fantasia conviveram de forma harmônica, no seu cotidiano, durante toda sua infância e adolescência.

Quem certamente saiu ganhando com isso fomos nós, seus netos. Ele constantemente nos reunia a sua volta para contar passagens que, jurava, eram verdadeiras, e que a nós soavam ora incríveis, ora assustadoras.

Lembro-me perfeitamente de uma ocasião em que estávamos sentados em volta da mesa, saboreando a melhor sopa de legumes que uma avó é capaz de fazer, quando meu primo falou algo sobre lobisomem. Imediatamente começamos a rir e a dizer que lobisomem não existia.

Meu avô, sem titubear, disse-nos que existia sim, que ele mesmo já tinha visto. E acrescentou que lá para as bandas do sítio deles era muito comum que o dito cujo aparecesse.

Nós o olhamos com uma certa incredulidade respeitosa e ele, ao nos ver na incerteza, começou a contar de uma determinada noite em que estavam ele e os irmãos, sozinhos em casa. Meu bisavô tinha ido a cidade e só retornaria no dia seguinte.

Ele e os irmãos, já deitados, começaram a conversar e comentar sobre a aparição do lobisomem numa propriedade vizinha. Como uma história puxa outra, lá pelas tantas eles estavam apavorados, mas devidamente bem informados sobre todas as aparições recentes e não tão recentes do constante visitante.

Foi então que começaram a ouvir, ao longe, um barulho de correntes sendo arrastadas. O barulho foi se tornando mais forte ( e ameaçador) a medida em que se aproximava da casa.
Eles escutavam, aterrados, os gemidos entremeados de arquejos , cada vez mais próximos.
Ninguém sabia exatamente o que fazer. Correr? Esconder-se? Sumir?

Foi então que mais corajoso dos irmãos de meu avô aproximou-se vagarosamente da porta e, num ímpeto de coragem, gritou:

- Quer um prato de sal?

E uma voz respondeu de pronto, vinda do lado de fora:

- Que prato de sal o quê, fdp. Me ajuda aqui que a égua escapou!!

Caímos na risada.

Meu avô, sem perder a compostura, afirmou que daquela vez não era o lobisomem, mas que todas as outras histórias eram absolutamente verdadeiras.

Invenções ou não, o fato é que histórias assim tornaram mágica minha infância e eu as coleciono como verdadeiros tesouros que são.

sábado, 10 de maio de 2008

Quebra-torto com letras

Presente desde a primeira edição do FAS, o quebra-torto com letras é uma oportunidade incrível de se ter contato com o que está acontecendo, em termos de Literatura, na América Latina.

De maneira bastante informal, saboreando um deliciosos café da manhã pantaneiro, os escritores tiveram oportunidade de lançar e discutir suas obras junto a seus pares e ao público em geral.

A inovação do quebra-torto, este ano, ficou por conta das oficinas de teatro e contação de estórias.

Com a presença maciça de adultos e crianças, as oficinas criaram um espaço onde todos puderam vivenciar a magia dos livros, estimulando a leitura como forma de lazer cotidiana.

Veja no álbum de fotos, ao lado, momentos que mostram o envolvimento dos participantes.

FAS - Uma experiência multissensorial







A sensação de quem participou do Festival da América Latina – FAS foi, sem dúvida, de ter sido envolto nas mais diversas formas de expressões culturais.

A diversidade de opções, bem como a acessibilidade a cada uma delas, constituiu um diferencial que propiciou uma maciça participação de pessoas de todas as faixas etárias e grupos sociais.

Há muito o que se falar e mostrar sobre as diversas atividades. Procurarei fazê-lo de forma gradual, para que não se torne muito cansativo e possa assim ser melhor assimilado.

A preocupação inicial de apresentar todas as atividades muito rapidamente foi gradativamente sendo substituída pela certeza de que, pelo significado que tem, o FAS
pode e deve ser mostrado ao longo de um tempo, tempo que tenho certeza será sempre menor do que o resultado gerado em todos os participantes.


Portanto, venham comigo ... e bom Festival!!!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Rasgando entranhas



Peito apertado.

Silêncio sepulcral dentro de mim.

O único ruído audível é o martelar constante do meu coração:

Dói,

Dói,

Dói...


Lucia Vianna


Crédito de imagem: Natalia Zamkovaia

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Liquefação






Pequenas lembranças,
Gestos marcantes,
Palavras carinhosas.


Sonhos divididos,
Risos borbulhantes,
Tristezas compartilhadas.


Desejo ensurdecedor,
Paixão avassaladora,
Entrega completa.


Vazio.
Sonhos, desejos, lembranças,
Brotam dos meus olhos e escoam pela minha face.
Sou lágrimas!!!



Lúcia Vianna

Crédito de imagem: Yuri B.

domingo, 4 de maio de 2008

sexta-feira, 2 de maio de 2008