sábado, 29 de novembro de 2008

Erupção



Eis me aqui
Nua
Entregue.


Despi-me de cada véu protetor,
Estraçalhei cada muralha que me cercava.


Eis me aqui
Sua
Rio de lavas: me navegue.



Lucia Vianna


Crédito de imagem: Georg Suturin

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poema para Dora



Força
Fragilidade
Coerência
Sensibilidade.


Menina-mulher
Sonhadora tenaz
Mãe leoa
Realizadora contumaz.


Amiga
Irmã
Elo sólido
Em meio a certeza vã.


Lucia Vianna

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quasar



Inebriante.
Inexplicável.
Inigualável.


Perfeitamente completo,
Completamente perfeito.
Me mantém sob seu jugo,
É senhor de todo efeito.


Me vira, revira,
Me faz levitar
Aperta meu peito
Me tira o ar.


É fascínio,
É quase um estertor,
É paixão pura,
É o mais terno e significativo amor...


Lucia Vianna



Imagem retirada da internet

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Da minha floresta



O vento suave
traz o cheiro da terra,
o perfume das arvores.


Evoca na memória
lembranças de uma vida,
de guardados inesquecíveis.


O odor da terra,
da sua terra,
alimenta suas raízes.


Paira no ar
Um cheiro de felicidade.


Lucia Vianna



Crédito de imagem: Tomasz

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Viver


Amar é vermelho,
nos diversos graus de intensidade
Sonhar é branco,
com respingos de felicidade.


Compreensão é marrom,
com cheiro de chocolate
Tristeza é cinza
E aperta tanto, que nem o coração bate.


Entender pode ser verde
com nuances de anil
Desprezar é cor de lodo
Não admite nem rima pueril.


Viver é assim
uma infinita mistura de cores.
Faz sorrir, faz chorar
Numa explosão de sentimentos, cheiros e sabores.



Crédito de imagens: Wahid Noureldin