quarta-feira, 19 de março de 2008

Soneto do verdadeiro amor


O verdadeiro e tão festejado amor
não causa arrependimento, lágrimas e dor
admira, incentiva e respeita o ser amado
torna o seu caminho colorido, feliz e iluminado


Comete mil loucuras para fazer sorrir
sabe ser amigo, companheiro e sobretudo ouvir
despe-se do vil e prejudicial orgulho enraizado
na ausência, com saudade, deve se fazer lembrado


Tem os braços abertos para bem aconchegar
e segurança em si para no outro poder sempre confiar
Jamais vocifera palavras para machucar e ofender


É um sentimento que nem todos conseguem realizar
porque é preciso de fato ser capaz e nele acreditar
O verdadeiro amor não faz chorar nem sofrer!


Luiza Sampaio

quarta-feira, 5 de março de 2008

Convite




Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida,
sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e
sou mistério
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
(Lya Luft )